O tema presente discorre sobre as possíveis patologias decorrentes da ingesta de alumínio particulado, numa abrangência bastante ampla: desde a cocção de alimentos em recipientes deste metal (panelas, caçarolas,...), embalagens laminadas e até as saborosas guloseimas com ornamentação de confeitos (bolinhas aluminizadas,...).
O A l u m í n i o
Na universalidade, o alumínio não é considerado tão tóxico como os metais pesados, ainda que existam evidências de certa toxidade se ingerido em grandes quantidades. A absorção do metal pode ser agravada quanto houver patologia de insuficiência renal, quando os rins não conseguem eliminar as pequenas quantidades diárias, que vão sendo acumuladas no organismo.
O Centro de Tecnologia de Embalagem (Cetea),
apurou que, em apenas uma refeição comum para um adulto brasileiro (arroz, feijão, batata
cozida, bife e doce de leite) haveria a ingesta de 0,37mg de alumínio
decorrente do cozimento em recipiente de alumínio e, no macarrão com molho de
tomate e carne de panela seria de 0,83mg, o que ultrapassaria em muito o limite
semanal.
É conveniente citar que a utilização de panelas de alumínio vem sendo proibida em muitos países do mundo. Na Itália, famosa por seus restaurantes, todos estão proibidos de utilizá-las, sujeitos às severas penalidades impostas pelo governo.
Na Itália, os restaurantes estão proibidos de cozinhar em recipientes de alumínio
Informações atenuantes foram prestadas pelo Dr. Theodore Lidsky, do Departamento de Psicobiologia do Institute for Basic Research (IBR), de Nova York. Segundo suas pesquisas, a maior parte do alumínio ingerido é eliminada pelos rins, desde que estes estejam em perfeito funcionamento.
O Dr. Ian Arnold, professor da Faculdade de Medicina da McGill University, de Montreal, cita que as embalagens de alumínio possuem boas condições de higiene e as possíveis contaminações geralmente são associadas à falhas de manuseio e armazenamento do produto. Estas últimas afirmações não podem ser generalizadas em nosso meio, considerando recentes e confirmadas ocorrências de partículas de alumínio em embalagens brasileiras de leite longa vida (e outros líquidos), resultante de aparas do orifício para colocação da tampinha rosqueável.
Para o médico Mauro Tarandach, da Sociedade Brasileira de Pediatria, são vários os sintomas clínicos da intoxicação por alumínio nas crianças, além da hiperatividade e da indisciplina: anemia microcítica hipocrômica refratária ao tratamento com ferro, descalcificação óssea, alterações renais, anorexia e até psicoses, o que se agrava com a continuidade da absorção.
Esclarece ele, que avaliou a presença do componente no seu filho criança, observando a elevada concentração de alumínio no menino, com 27 mg/kg. Cita ainda: “É coerente evitar qualquer fonte de alumínio, mesmo sendo considerada segura. Devemos reavaliar algumas fontes como antiácidos, caolin e argilas (que contenham alumínio). Enquanto não se sabe o real proveito, ou o mal, ingerir uma fonte de alumínio pode ser danoso, visto que nós sabemos o quanto nos custa eliminar este metal acumulado.” E conclui com: “O alumínio é muito útil... porém mortal!”
Uma publicação da Union Fédérale des Consommateurs, Mont-de-Marsan, França, relata que a absorção excessiva de alumínio causa fibralgia e cansaço crônico. Geralmente isso aparece após os 40 anos, mas um número cada vez maior de jovens está sendo afetado. Declara também que excesso do metal no organismo também pode provocar: miofascite macrofágica, esclerose lateral amniotrófica, esclerose múltipla, poliartritre reumatóide, mal de Parkinson e Alzheimer.
Atualmente, encontramos alumínio em: cosméticos; (cremes dentais, desodorantes, loções,...), medicamentos (antiácidos, antialérgicos,...), utensílios de cozinha (panelas, processadores...), embalagens (latas, tetrapack, papel alumínio, estes agravados quando o produto contido for ácido), aditivos alimentares (anticoagulantes, endurecedores, fermentantes, emulsificantes, colorantes, acidulantes...), confeitos decorativos (bolinhas e coberturas em biscoitos e bolachas, tão comuns em nossas confeitarias e feiras)
Os confeitos cobertos com pó alumínio são comercializados livremente
No tratamento de potabilidade da água, o hidróxido de alumínio é largamente utilizado (até uma exagerada taxa de 200 microgramas por litro de água), e pesquisas epidemiológicas na Inglaterra e na França já registram maior incidência da doença de Alzheimer em localidades com alto teor do metal na água potável consumida. O fato pode ser agravado em países tropicais, onde a temperatura ambiental é mais elevada e o consumo de água incentivado.
Prof. Darlou D’Arisbo – MSc
Ergonomia e Antropometria
darisbo47@gmail.com
Muito bom.
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